sexta-feira, 16 de maio de 2008

Na Paragem do 67

Na paragem do autocarro em frente ao colombo
-Desculpe. Podia-me dizer onde fica a loja da Triumph nesta zona?
-Triumph!? Fica já aqui no centro comercial Colombo.
-Podia-me levar lá? Não estou habituada a andar em lugares com tanta gente.
-Posso o meu turno começa daqui a 15 minutos e tenho tempo de acabar com o meu cigarro até lá.
-Isto é que está um tempo do diabo?
-Já mandei muitas cartas para a senhora do tempo e continuam a errar tanto!
-Pois. Se me permitir perguntar. Vai comprar algo para o seu marido?
-Vou trazer algo que o meu marido não se vai esquecer.
Passando junto do repuxo
-Oh! Já está casada há quanto tempo?
-Uns bons cinco anos mas trabalhamos em zonas tão separadas que só nos vemos em férias ou festas de amigos.
É quase como se tivessemos duas vidas diferentes.
-Deve custar!
-Custa, custa muito!
-Pois bem é já esta loja.
-Quem é a Tâtiana!?
A mulher tira da mala uma pistola e o meu corpo deixa de se mexer. Tanto músculo que se costumava mexer tão fácilmente
perdido num universo que não era o meu há dois segundos atrás. Levo uma coronhada e a minha consciência perde-se excepto
que tenho sangue na cara. Soube mais tarde que o marido tinha-se divorciado dela e que ela se vingara por ter estado
com a tal rapariga antes e durante o seu casamento com o marido.

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