sábado, 28 de junho de 2008

À boca do inferno, no Chiado

-Trinta graus só se for na ponta da minha lingua!
-Todos os portugueses falam assim sozinhos?
-Suor não ajuda o nervosismo!
-Hello? Não me consegue ouvir?
-Tenho mesmo de repensar o meu guarda roupa.
-Está maluco.
-Tenho ainda um quarto de hora antes da entrega do projecto e ainda tenho de apanhar uma.. "Visão única e revitalizante da arquitectura da Baixa e Chiado".
-Será que ele não se apercebe que está alguém a falar com ele?
-Se calhar umas fotos da Faculdade de Belas Artes? Ou umas fotos dos bairros de emigrantes no Bairro Alto?
-Será que o rapaz está a pensar em copos?
-Raio de jornal! Não me podiam ter enviado com alguém que sabe realmente o que eles querem?
-O rapaz está a ficar filosófico. Vou brincar com ele.
-Bem. Está decidido. Seja o Bairro Alto.
(A Sadie mete um papel na mochila do António)
-Boa sorte, Português desenfreado.
(Chegando ao Bairro Alto)
-Bem tirar a máquina. O que é isto? "Olá chamo-me Sadie. Tentei falar contigo mas estavas a ouvir música encostado ao Metro". Estava a ser galado? "Encontra-te comigo amanhã à mesma hora e bebemos um refresco." Raios. Tenho o artigo sobre os passeios para entregar. "Recomendo o topo da escadaria na Rua da Mãe de Água. Beijinhos e boa sorte."