sexta-feira, 3 de julho de 2009

O reino dela

-Onde estou? Diz o homem estonteado por um aroma que lhe é estranho olhando em seu redor
-Quem entra no meu reino? Pergunta uma voz séria mas com traços de rapariga.
O homem olha à volta e encontra coragem para dizer: - Manuel Andante.
Após um silêncio, o homem apercebe-se das árvores carregadas de flores.
Atravessa os ramos e vê à sua frente uma rapariga com vários véus a ocultarem a sua aparência.
-Podes-me ajudar? Não sei onde estou?
Silêncio acompanhado de um vibrar de flores a soltarem seus pólenes no suave vento quente.
-Estava em casa. Terei adormecido? Será isto um sonho?
A rapariga aconchega-se no seu meiplo e responde sibilando cada sílaba.
-No reino do sonho não estais O reino dele é longe deste. O meu reino não tem entrada, pois então não sei como terás entrado mas desejo que te retires dele.
O homem estremece mas sente calor nas palavras da rapariga.
-Minha senhora, por favor. Não sei onde estou ou como voltar a casa.
Argumenta o homem enquanto se aproxima da mulher. Desviando véu a véu, a cada frase.
-Se te aproximares de mim nada me restará a fazer senão banir-te do meu reino. Ninguém pode ver a minha verdadeira face.
Diz a mulher rainha de um reino sem regras e leis. Enquanto o homem tenta ver a face da mulher, espreitando entre os véus.
-Mas minha senhora, tudo será resolvido assim que vos vir. Sinto-o dentro de mim.
Sugere o homem, ouvindo o desconforto da mulher rainha. E aproximando-se cada vez mais.
-Vários da tua espécie me magoaram. Até o sonho me magoou com as suas promessas e a sua incapacidade de tornar as suas promessas realidade. Não te deixarei aproximar mais de mim.
Diz a rainha em plena serenidade.
Assim que a rainha parou de falar, o vento mudou. O pólen passou a descer entre as árvores. O homem fica rodeado de pólen entre os véus e vê-se aflito.
-Não mereço isto, não me podes impedir.
Os véus que rodeiam o homem juntam as extremidades enquanto se enchem de pólen Gritos de dor soam. Inumanidades acompanhadas de profanidades acompanham o vento. Um dos olhos da rainha perde uma lágrima pelo homem ou pelo que teve de fazer.
Nada na sua cara revela remorso a não ser a lágrima que rapidamente é escondida , tão depressa como apareceu, no punho da roupa da rainha.
Assim que os véus encheram de pólen, no seu centro uma árvore apareceu. Estranhamente familiar, estranhamente antropomórfica. Árvore nova no jardim, para sempre presente num jardim cheio de outras árvores e de flores.
O vento quente voltou e os véus soltaram a nova árvore. A rainha volta a dormir. Até que alguém volte a entrar no jardim.

domingo, 14 de junho de 2009

Piada em inglês; Crónica de um humorista da corte

Nada polido....

a jokester appears
a slight of magic he shows
and a young man he groans
for flower from his arse blows

the maiden so smiles
and blushes with ease
for the jokester is a breeze
to unravel you with tease

A jokester he was
a jokester he would be
till his deathbed
a joke on you he would need

Flowers and bows
was all he used
to get into court
and make fun of the king

a damsel once said
"you will be the death of me"
till the jokester thought
of venoming her tea

the damsel did shout
pout, sweat and jumped around
no doctor could find
a crook in her smile

the funeral was no fun
thought the jokester
till he paid a coin
and the Marseillaise ran free

A toy the boy asked
"a what!?" the jokester answered
"to play" the boy said
and so played was the boy

a smile so crooked was shown
a putrid teeth here and there
an horror filled the boy
the boy never was seen
by the joker or the mother

A prince i shall be said the jokester
laughs out loud nearly wiped the court
a fancy cloak and a fancy shirt dressed the jokester
another laugh filled the court
the jokester not amused queried all why
and the crowd did yell something about his fly