sexta-feira, 30 de maio de 2008

Que está a fazer?

-Doutora eu sei que é em cima da hora e tem de almoçar mas o minha pequena está triste, quase deprimida.
-Mostre lá, então. A pulsação está boa, aguenta-se nas patas, o pelo está forte.
-Ela passa os dias a dormir. Não vai à rua sem que eu a obrigue. Até tive de lhe pôr uma fralda quando ela resistiu.
-Ela parece é nunca ter você sabe. Está triste.
-Eu sei!? Ah pois. Não há cães perto da minha casa....
-Ela precisa de sair. Dar umas voltas...
-Pois mas não tenho tido tempo com a empresa.
-Não tem ninguém que a possa passear ou alguém com quem a deixe durante o dia?
-Não...
-Então recomendo-lhe a tirar umas férias para ajudar a sua menina. Não sou psicóloga canina mas não acho que ela fique melhor de um dia para o outro.
-Bem... , muito obrigado doutora!
(Carlos sai do veterinário)
-Pequena tens de te alegrar! O mundo não é só sair e apanhar ar. Eu sei também estou triste. Mas temos de arranjar alguma maneira de ultrapassar o nosso... o teu problema. Vamos para o carro... Uhm e se eu!? Está ali um rafeiro... Será que se vos juntar!?
(Olha à volta e solta a Piqui)
-Lálálá natureza faz o que tens de fazer lálálá
(Aparece a veterinária)
-O que diabo está a fazer à sua cadela?
-O que parece? Estou a ajudá-la a perder a vergonha.
-Se era isso que estava a pensar podia ter dito tenho um macho numa jaula para ser levado amanhã para um canil.
-Podemos juntá-los e fazermos-nós algo de divertido...
-Está a sugerir!?
-Hmm Hmm.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Na Paragem do 67

Na paragem do autocarro em frente ao colombo
-Desculpe. Podia-me dizer onde fica a loja da Triumph nesta zona?
-Triumph!? Fica já aqui no centro comercial Colombo.
-Podia-me levar lá? Não estou habituada a andar em lugares com tanta gente.
-Posso o meu turno começa daqui a 15 minutos e tenho tempo de acabar com o meu cigarro até lá.
-Isto é que está um tempo do diabo?
-Já mandei muitas cartas para a senhora do tempo e continuam a errar tanto!
-Pois. Se me permitir perguntar. Vai comprar algo para o seu marido?
-Vou trazer algo que o meu marido não se vai esquecer.
Passando junto do repuxo
-Oh! Já está casada há quanto tempo?
-Uns bons cinco anos mas trabalhamos em zonas tão separadas que só nos vemos em férias ou festas de amigos.
É quase como se tivessemos duas vidas diferentes.
-Deve custar!
-Custa, custa muito!
-Pois bem é já esta loja.
-Quem é a Tâtiana!?
A mulher tira da mala uma pistola e o meu corpo deixa de se mexer. Tanto músculo que se costumava mexer tão fácilmente
perdido num universo que não era o meu há dois segundos atrás. Levo uma coronhada e a minha consciência perde-se excepto
que tenho sangue na cara. Soube mais tarde que o marido tinha-se divorciado dela e que ela se vingara por ter estado
com a tal rapariga antes e durante o seu casamento com o marido.